Um campeão tem destas coisas: responde a tudo com futebol. E com classe. Este domingo, o F.C. Porto expôs as razões do seu sucesso. Misturou qualidade, superioridade e sofrimento. Derrotou o Sporting e somou três pontos. A liderança da liga, que tem sido repetidamente sua, está novamente nas mãos do Dragão. Mais palavras para quê? Estamos a falar do campeão. Do Tricampeão!
Tomás Costa provou logo aos quatro minutos. O F.C. Porto tinha vindo a jogo, tal como
Uma pressão alta, uma atitude positiva e um futebol escorreito, mesmo num relvado escorregadio e impróprio para esquemas complexos, valeu a vantagem ao F.C. Porto logo aos 18 minutos. Tomás Costa acreditou num lance em profundidade, ganhou a bola a Grimi e assistiu Raul Meireles. O desvio do médio encontrou Lisandro Lopez no coração da área e a frieza do melhor marcador da temporada passada fez o resto.
Golo, vantagem, justiça. Um raide de Rodriguez demonstraria que o F.C. Porto não se acanharia, mesmo que a igualdade chegasse «aos trambolhões», tal como chegou. Sem que o Sporting merecesse, num lance em que o árbitro entendeu marcar uma grande penalidade inexistente, a equipa da casa ganhou um alento injustificado.
Em três minutos, todavia, os adeptos do F.C. Porto teriam nova razão para explodir. Bruno Alves, na cobrança impecável de um livre directo, fez magia. Passava pouco da meia hora e estava feito o resultado. A melhor equipa estava uma vez mais por cima dos acontecimentos.
O sucesso podia ter sido ainda mais perfeito. O espectáculo ficou a dever mais um golo ao Dragão. Logo aos 52 minutos, Bruno Alves voltou a disparar para festejo, mas a trave devolveu o que parecia certo. Teria sido mais um instante inesquecível. O reforço da vantagem esbateria uma certa dualidade de critérios da arbitragem, que pouparia Derlei ao vermelho directo ainda antes de Rodriguez, numa transição «imagem de marca» do F.C. Porto, ter ficado a milímetros da euforia.
O relógio avançava e o Sporting tentava agora impulsionar o jogo. Mas o Dragão controlava. Com solidariedade e projecções acutilantes para os espaços vazios. Nuno, nas costas de uma defesa de betão, reforçava a segurança transmitida deste a metade inicial. Hulk e Mariano, de caras com o golo, não conseguiam dirigir a bola para onde mais desejavam. O desafio estava intenso, mas o azul e branco predominava. As emoções estavam fortes, mas o F.C. Porto permanecia sereno. A resposta estava dada.
FICHA DO JOGO
Estádio Alvalade XXI, em Lisboa
Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)
Assistentes: Venâncio Tomé e Mário Dionísio
4º árbitro: Bruno Paixão
SPORTING: Rui Patrício; Abel, Tonel, Polga e Grimi; Miguel Veloso, Rochemback, João Moutinho «cap.» e Djaló; Derlei e Hélder Postiga
Substituições: Grimi por Pereirinha (46m), Abel por Romagnoli (66m) e Hélder Postiga por Liedson (66m)
Não utilizados: Tiago, Daniel Carriço, Pedro Silva e Adrien
Treinador: Paulo Bento
F.C. PORTO: Nuno; Sapunaru, Rolando, Bruno Alves e Fucile; Fernando, Lucho González «cap», Raul Meireles e Tomás Costa; Lisandro Lopez e Cristian Rodriguez
Substituições: Tomás Costa por Mariano Gonzalez (58m), Cristian Rodriguez por Hulk (73m) e Lucho González por Guarin (83m)
Não utilizados: Ventura, Pedro Emanuel, Lino e Pelé
Treinador:
Ao intervalo: 1-2
Marcadores: Lisandro Lopez (18m), João Moutinho (28m, g.p.) e Bruno Alves (31m)
Disciplina: Cartão amarelo a Lucho González (22m), Abel (32m), Pereirinha (51m), Tomás Costa (55m), Derlei (59m), Sapunaru (59m), Liedson (80m) e Lisandro Lopez (89m)
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