terça-feira, 21 de outubro de 2008

Ao meu querido Amigo Padre Nuno Filipe. O. H



Ocorreu no passado 8 de Dezembro o 51.º aniversário, da ordenação sacerdotal do meu inquebrantável amigo Padre Nuno Ferreira Filipe. Como não posso dar testemunho da amizade, do respeito quási veneração que tenho pelo Padre Nuno Filipe?


Não sei, mas atrever-me-ia a dizer que é dos homens mais notáveis do Portugal da sua boa geração, para os crentes como eu, e não crentes. À bonomia que transpira, à tolerância com que escuta ou emite suas opiniões, à disponibilidade permanente para socorrer quem dele precisa, à férrea solidariedade humana, tantas vezes "conspirada de mudança em favor da juventude, deficientes, doentes mentais, idosos e outros" - Padre Nuno Filipe empresta as suas superiores inteligência e cultura. Quando o P. Nuno Filipe age (e ele sempre age) a sua mola real é o afecto e a compreensão cristã. Ele sempre desculpa, perdoa e "abre nova porta" para melhorar quando sabe que pode. Na Madeira, Açores, em Lisboa, onde quer que esteja, ele usufrui da admiração, crédito e respeito generalizados. Lembro das dezenas de encontros, reuniões e debates em que sempre participou, ajudando com o seu valorosíssimo saber e a sua tolerância diferencial. Lembro das inúmeras "orações da manha" através do Posto Emissor do Funchal, que sempre me acordava com um simples "irmão rezemos juntos", orações essas que eram um conforto da sua palavra de homem de Deus a quantos sofrem e precisam dum lenitivo para o seu sofrimento, a quantos necessitam meditar profundamente nos sinais dos tempos e deles haurir exemplo, lição e força para pautar sua conduta cristã. Lembro dos inúmeros livros seus que guardo religiosamente, mantendo dois deles na mina cabeceira. Lembro dos seus inúmeros artigos de opinião espalhados por jornais regionais, nacionais e ate internacionais. Lembro das suas inúmeras conversas ao telefone em que só Deus sabe quanto me ajudou a resolver e a decidir sobre um pouco de tudo. Lembro das semanas de campo, tão enriquecedoras. Lembro do seu feitio bem - humorado, do seu temperamento alegre, uma disponibilidade dedicada a todos, á juventude e principalmente aos doentes mentais, aos amigos, e ás suas causa, uma enorme capacidade de conciliar, sempre em movimento, agregar, a reunir, a escrever, a mobilizar e quase sempre a rezar. Que bom é ter um amigo como o P. Nuno Filipe. Ao Padre, homem de Deus, ao Padre, homem feito ao serviço para os outros homens; ao Padre que amou e ama profundamente os doentes mentais e a Igreja e se lhe continua a entregar de alma e coração; ao Padre. Que faz suas as grandes causas dos homens do nosso tempo e por eles se mostra capaz de sacrificar a própria Vida. Deus permita que continue a espalhar o bem e a palavra de Cristo por muitos mais anos.

Tomás Freitas

Nenhum comentário: